sábado, 4 de julho de 2015

Contribuições da Semana Pedagógica 2015

A Semana Pedagógica 2015 permitiu a intensificação do relacionamento entre os professores da rede Municipal de Araucária. Foi o momento em que os profissionais da Educação puderam trocar suas experiências por meio dos relatos.
É com alegria que foram apresentados os relatos abaixo (e demais colaborações) para que outras áreas do conhecimento, modalidades e níveis de ensino tivessem proveito das nossas práticas de ensino.
Agradecemos a todos a participação e o carinho com que fomos recebidos.
Até a próxima, um abraço!

Prof. Esp. Beatriz Otto Ramos
Coordenação da Disciplina de Arte/2015


O MOSAICO NO ENSINO DE ARTE NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Beatriz Otto Ramos
Secretaria Municipal de Educação de Araucária

RESUMO: O presente artigo trata do ensino da História da Arte ocidental das turmas de sextos anos do ensino fundamental da Escola Municipal Senador Marcos Freire. O objetivo das aulas era desenvolver o senso crítico e estético dos alunos por meio da contextualização do período da Antiguidade clássica, da leitura das obras e do fazer artístico. Para isso, após aulas expositivas foram confeccionadas imagens por meio da técnica do mosaico a partir de imagens da arquitetura grega, dos murais de Pompeia e dos arcos de uma cidade etrusca e previamente estudados em desenho. Buscou-se questionar quais conhecimentos eram necessários para a confecção dos mosaicos tomando como referência os modelos da época e quais os encaminhamentos didáticos ideais para o ensino da técnica. A finalidade foi descrever o período, a cultura e os benefícios tecnológicos proporcionados pelos povos milenares nos dias atuais. Em conclusão se realizou a apresentação dos trabalhos em que os alunos foram levados a discutir, apreciar, fruir e avaliar a produção da turma.




DA SALA DE AULA PARA O MUSEU: OS ALUNOS PROPÕEM O QUE É ARTE
Beatriz Otto Ramos
Secretaria Municipal de Educação de Araucária


RESUMO: Este artigo trata do ensino de arte no espaço do museu. O objetivo da aula de campo foi consolidar os conhecimentos dos alunos da visita orientada das turmas dos sétimos anos de uma escola pública de Araucária ao Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Para o evento, foram realizadas aulas teóricas sobre a arquitetura do museu, sua função, a conservação das obras de arte e o acesso público. Questionaram-se as expectativas dos discentes sobre o deslocamento da prática social da escola, se haveria o desenvolvimento da capacidade crítica durante a visitação e se a produção dos alunos atenderia aos critérios de avaliação. A finalidade foi verificar se a abordagem metodológica de ensino nos ambientes escola/museu teria sucesso enquanto prática social. Em conclusão os alunos produziram trabalhos bidimensionais ou relatórios em que discutiram sua experiência extraescolar, sua apreciação da arquitetura do museu e das obras de arte, bem como a socialização decorrente da produção plástica a partir da qual se avaliou o processo.




FORMAÇÃO CONTINUADA: A FOTONOVELA E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Beatriz Otto Ramos
Secretaria Municipal de Educação de Araucária

RESUMO: Este artigo propõe reflexões acerca da formação continuada na disciplina de Arte no Ensino Básico e na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Objetiva promover o conhecimento tendo por recurso objetos midiáticos. As professoras foram orientadas sobre práticas do ensino em artes, usando como tema a fotonovela e como recursos didáticos as tecnologias que surgiram a partir do final do século XIX. Questionou-se como investigar a prática social inicial dos alunos da EJA, a exploração do formato de arte sequencial das fotonovelas, o uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) disponíveis na unidade educacional, bem como alternativas de recursos materiais. A intenção é argumentar sobre a produção artística dos alunos, a incorporação de temas cotidianos às aulas e a promoção da prática social com vistas ao conhecimento. Em conclusão, as reflexões dos profissionais contribuíram coletivamente para a revisão do currículo e de práticas educativas na contemporaneidade e em caráter local.




"O BEIJO" DE CONSTANTIN BRANCUSI NAS MÃOS DOS ALUNOS DO 9ºANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Beatriz Otto Ramos
Secretaria Municipal de Educação de Araucária

RESUMO: O presente artigo descreve a prática social sobre escultura moderna do início do século XX com alunos dos anos finais do ensino fundamental. O objetivo era promover o conhecimento sobre o movimento modernista europeu e suas influências contemporâneas. Para tal, os alunos do 9º ano tiveram aula expositiva contextualizando o movimento artístico, teorias de desenho que ilustraram a obra do artista Constantin Brancusi e realizaram práticas artísticas em escultura, na técnica do entalhe, a partir do modelo bidimensional da obra intitulada O Beijo, 1916. Buscou-se investigar os conhecimentos prévios dos alunos acerca do Modernismo e investigar o encaminhamento pedagógico necessário para desenvolver o domínio da técnica do desenho planificado e em perspectiva, bem como a tridimensionalização do objeto de estudo: a escultura O Beijo. A finalidade foi apresentar o processo de criação do artista e a técnica da escultura com materiais acessíveis, de custo baixo e o uso responsável de recursos naturais, com orientações para o reaproveitamento dos resíduos da produção artística. Em conclusão, os alunos apresentaram os trabalhos aos colegas, descrevendo o fazer artístico a que foram levados, decorrendo em avaliação do processo de aprendizagem.



(Textos sujeitos a atualização)


domingo, 7 de junho de 2015

Arte Paranaense na paleta de Emir Roth

"O artista é um eterno insatisfeito."

Nascido em Paranaguá, Emir Roth (1940-1989) foi pintor, gravador, escultor e muralista.
Sua obra representa as paisagens e o povo de Paranaguá por meio da pintura da arquitetura barroca, das igrejas coloniais, dos casarões, dos pescadores e suas embarcações.
Os temas são o cotidiano do porto, da cidade e a figura humana.

(Fonte: http://jornalismodailha.blogspot.com.br/2014/02/faz-25-anos-que-emir-roth-foi-embora.html)

Em 1978, Emir Roth pinta o mural no auditório da sede administrativa do Porto de Paranaguá. Mede 2,5m de altura por 40 metros de circunferência. Este foi restaurado em 2007.
O mural retrata a história de Paranaguá, quando os colonizadores portugueses chegaram e os jesuítas começaram a catequizar os indígenas. Mostra, também, o desenvolvimento econômico ligado à agricultura e à pesca, os ciclos econômicos do Paraná e o início da atividade portuária.

Através do Youtube resgatou-se material sobre o artista. O documentário produzido após seu falecimento foi recuperado e digitalizado tornando-se um dos poucos registros sobre o artista. Vale à pena conferir. O crédito é de Celso Lück Junior -- Funcionário da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Cineasta, Conselheiro da Associação dos Servidores Público do Estado do Pr. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.







Referências:

Paraná Online: Antigo painel artístico de Emir Roth é restaurado em Paranaguá. Disponível em: http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/239824/. Acessado em: 07 Junho 2015. Publicado em: 07/05/2007 - 16h36. Atualizado em: 19/01/2013 - 21h12.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Formação Continuada dos Professores de Arte dos anos finais, em Araucária

No último dia 20 reuniram-se os professores dos anos finais do ensino fundamental da disciplina de Arte, da rede municipal de Araucária, para compor o Planejamento Referencial Preliminar.

A participação de todos é importante para a consolidação da gestão democrática na elaboração do planejamento coletivo.

Cumpriram-se as etapas de coleta e organização do Objetivo Geral e dos Conteúdos, previstas para o último encontro.

Para a próxima, elegeu-se a postagem dos campos de Encaminhamento Metodológico. Esta deverá ser feita no ambiente MOODLE (smed.araucaria.pr.gov.br/moodle) com data limite até 17/06/2015. Mais informações estão disponíveis aos usuários no sistema.

Agradecemos desde já as contribuições, 
elas fazem parte das nossas conquistas!8

um abraço


Coordenação da Disciplina de Arte
Prof. Beatriz Otto

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Saber Mais: Dança no Egito Antigo

Os Primórdios da Dança no Egito. Fonte: http://wikidanca.net/wiki/index.php/Prim%C3%B3rdios_da_dan%C3%A7a_no_Egito

Deusa Hathor, patrona da dança no Egito

Bes, o deus-anão
Desde tempos mais longínquos a dança fez parte de manifestações na história da humanidade, inicialmente, segundo alguns arqueólogos, como sinal de exuberância física ou tentativa primitiva de comunicação e posteriormente como forma de ritual: para celebrar as forças da natureza, a mudança de estações, em culto aos deuses, em ritos de fertilidade etc.
No Egito, a invenção da dança era atribuída a Bes, um deus-anão que protegia contra a feitiçaria e favorecia um parto rápido. A figura dele, assim como a da deusa Hathor, patrona da dança, são encontradas em papiros e em desenhos dentro de pirâmides relacionadas à palavra hbij, que significa ao mesmo tempo dançar e estar contente. Ambos os deuses derivam de entidades dos primitivos ritos de fertilidade praticados por volta de 5000 a.C.
"A decifração dos hieróglifos nos permitiu conhecer o ritual em honra de Osíris na cidade de Abydos. Os ritos duravam dezoito dias e até hoje sua representação é uma atração turística. A encenação constava de uma cerimônia de aradura e semeadura na qual, sacerdotes, músicos e bailarinos adentravam o templo em solene procissão executando, com danças pantomímicas mascaradas, a morte e a ressurreição da divindade. Enfeitados com fantásticos arranjos de cabeça, davam boas vindas com gritos de alegria à deidade ressuscitada e à semente do solo que brotava." (CAMINADA, 1999)

O Festival de Abydos


Templo de Osíris em Abydos

Ruínas do templo de Abydos (esq.) e relevos do deus Osíris (dir.)
Abydos sediou por mais de dois mil anos o culto aos Mistérios do deus Osíris, primeiro soberano do Egito na mitologia. O Festival acontecia sempre no último mês da inundação do rio Nilo e a partir de seus registros detectou-se os primeiros sinais da dança na civilização egípcia.
Sabe-se que o festivas de Abydos realizava-se de acordo com indicações em hieróglifos, garantindo a repetição de um esquema. O cuidado em repetir o cerimonial levou os egípcios a uma primeira notação gráfica da dança através de hieróglifos.
Dois exemplos são encontrados em fragmentos oriundos de túmulos datando de cerca de 2700 a.C., um para dança da colheita e outro para dança funerária.

Cerimônia de culto ao deus Osíris

Osiris1.gif
A primeira descrição da cerimônia data de 1868 a.C.. Nela a estátua do deus era carregada, em sua barca portátil, nos ombros dos sacerdotes do templo para sua suposta tumba no monte conhecido como Umm el-Qaab. A procissão parecia consistir em duas fases - a primeira, pública e a segunda secreta, para os sacerdotes. O deus, primeiro seguia de seu complexo do templo através de um pequeno portal e seguia através dos cemitérios do lado ocidental do templo. Esta era a seção pública do ritual acessível a todos e onde muitas pessoas dedicavam estelas ao deus para celebrar o festival e para rezar pela continuação da vida após a morte. Após esta primeira etapa, a procissão ia para o deserto, onde os dogmas dos ritos divinos eram realizados.
Quase sempre a entrada de Osíris vinha após a citação do nome de um faraó morto recentemente. Os personagens usavam máscaras e executavam gestos estipulados, acompanhado por cantos e danças.

A festa, hieróglifos e elementos do espetáculo


Dançarina egípcia fazendo a "ponte"

Mulheres egípcias dançando, detalhe da pintura na tumba de Shaykh
Alguns historiadores situam na festa de Abydos o ancestral do teatro. Embora se trate de um culto, a alta dramatização permite que nele se vislumbre elementos de um espetáculo. Os gregos seguiriam via semelhante a partir dos mistérios dionisíacos e a procissão das mênades.
A música no Festival de Abydos caracterizou a relevância da expansão impulsiva e instintiva do homem aliada ao movimento sonoro da natureza. A civilização egípcia praticou o cultivo da música como arte em si mesma, ligada à religião, à política, seus ritos e danças. Estudos de instrumentos encontrados em sítios arqueológicos locais evidenciam o aperfeiçoamento na fatura dos mesmos com valorização em timbres. A música egípicia, com características muito próprias, revela inspiração e finalidade religiosa, e era praticada em diversos momentos da vida social e coletiva. A arte egípcia, através de seus instrumento musicais e papiros com diversas anotações, atingiu outras civilizações antigas, como a cretense, a grega e a romana.

Sistro

Instrumentistas e dançarinos egípcios
Diversos registros fazem acreditar que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos, como a ponte: pés e mãos no solo sustentam o corpo arqueado.
A participação feminina parecia predominar, pelo menos no que se refere à dança religiosa. Desenhos, altos-relevos e estátuas mostram dançarinas, frequentemente aos pares, sobressaindo entre o grupo de instrumentistas.
O acompanhamento musical era feito por sistro - instrumento de percussão que produz um som achocalhado, geralmente feito de bronze -, flauta e tambor.
As danças foram, inicialmente, confiadas a mulheres, mas, relevos posteriores mostram batedores de palmas marcando o ritmo para um grupo de dançarinos que avança em fila, com os braços para o alto, mãos unidas pelas pontas dos dedos, palmas voltadas para cima ou instrumentistas tocando harpa e uma espécie de flauta enquanto outros parecem estalar os dedos.
Embora originalmente vinculada ao culto, a dança também servia para a diversão da aristocracia. Num papiro de Mênfis um faraó expressa o desejo de ver um anão dançar. E são inúmeras as imagens de dançarinas homenageando os poderosos, desde as primeiras dinastias até o final do domínio dos Ptolomeus, quando o Egito foi conquistado pelos romanos.
A arte egípcia, através de seus instrumento musicais, dança, hieróglifos e papiros com diversas anotações, atingiu diversas outras civilizações antigas, como a cretense, a grega e a romana.

Referências

PORTINARI, Maribel. História da dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
WILKINSON, Philip. Guia Ilustrado Zahar: Mitologia / Philip Wilkinson & Neil Philip; trad. Áurea Akemi; 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,2010.
CAMINADA, Eliana. História da Dança: evolução cultural. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. Editions du Seuil, 1978.
The Festival of Osiris at Abydos. In: http://www.egypt.net.in/festival-of-osiris/ All about Egypt. © 2013 Copyright Egypt.net.in. Acesso em 29 de abril de 2013.
No antigo Egito, o nascimento do drama. In: http://www.elianacaminada.net/ Acesso em 26 de abril de 2013
A Música na Pré-História e Antigas civilizações In:http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/musica/pre_historia_antigas_civilizacoes/ Acesso em 26 de abril de 2013.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Saudade, minha saudade... A eterna arte de Inezita Barroso

Morre Inezita Barroso, aos 90 anos de idade, em São Paulo


Fonte: http://cmais.com.br/arte-e-cultura/noticias/morre-inezita-barroso-aos-90-anos-de-idade-em-sao-paulo


Ela estava internada no Hospital Sírio Libanês desde o último dia 19 de fevereiro. O velório acontece na Assembleia Legislativa e é aberto ao público

Redação cmais+Música
08/03/15 22:47 - Atualizado em 09/03/15 09:21
Inezita Barroso (Foto: Reprodução)
Inezita Barroso cantando no programa Viola, Minha Viola, que apresentava há quase 35 anos (Foto: Divulgação)
Morreu na noite deste domingo (8) a cantora e apresentadora do Viola, Minha Viola, Inezita Barroso, reconhecida como a mais antiga e importante expressão artística da música caipira no País. No último dia 4, havia completado 90 anos de vida. Ela deu entrada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em 19 de fevereiro, e foi vítima de insuficiência respiratória aguda. 
Inezita Barroso deixa uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.
Aberto ao público, o velório está sendo realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 - Parque Ibirapuera) desde as 7h30. O enterro será às 17h, no cemitério Gethsêmani, no bairro do Morumbi.

Inezita Barroso, a grande dama da música de raiz
Ignez Magdalena Aranha de Lima, nome de batismo de Inezita Barroso, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana, passou a infância cercada por influências musicais diversas, mas foi na fazenda da família, no interior paulista, que desenvolveu seu amor pela música caipira e pelas tradições populares. Formada em Biblioteconomia na USP (Universidade de São Paulo), Inezita foi uma grande pesquisadora da música caipira brasileira. Por conta própria, percorreu o interior do Brasil resgatando histórias e canções. Reconhecida por este trabalho, foi convidada a dar aulas sobre folclore em uma universidade paulista. Pelo seu trabalho como folclorista, e por ser uma enciclopédia viva da música caipira e do folclore nacional, recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore pela Universidade de Lisboa.
O nome artístico foi criado aos 25 anos, quando ela juntou seu apelido de infância, Inezita, ao sobrenome do marido, Barroso.
A artista Inezita Barroso era cantora, instrumentista, folclorista, atriz e professora. Começou a cantar e estudar violão aos sete anos. Depois, começou com viola e piano. Tomou gosto pelo universo rural já nos primeiros anos de sua vida e na adolescência realizou recitais e shows. Sua primeira gravação em disco foi realizada no ano de 1951 pela gravadora Sínter. A partir daí, Inezita gravou cerca de 100 discos.
O primeiro DVD musical da dama da música de raiz, Inezita Barroso – Cabocla Eu Sou, foi lançado em dezembro de 2013 e sintetiza os mais de 60 anos de carreira da cantora.
É uma das cantoras mais premiadas do Brasil, sendo detentora de mais de 200 prêmios, entre eles o Prêmio Sharp de Música na categoria Melhor Cantora Regional, o Grande Prêmio do Júri do Prêmio Movimento de Música, em homenagem aos 47 anos de carreira, e o Prêmio Roquette Pinto como Melhor Cantora de Rádio da Música Popular Brasileira. Sua longa carreira foi coroada com o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2010, e com a escolha de seu nome para ocupar uma das cadeiras da Academia Paulista de Letras, em 2014. Inezita seria empossada oficialmente em meados de março deste ano.
Em 2009, Inezita recebeu do governo do Estado de São Paulo o título vitalício de Grande Oficial pelo compromisso com as raízes culturais do país e pela contribuição significativa para o entretenimento dos brasileiros.
Na tevê, sua carreira começou junto com a TV Record, onde foi a primeira cantora contratada. Depois, passou pela extinta TV Tupi e outras emissoras, até chegar à TV Cultura para comandar o Viola, Minha Viola.
Na rádio, Inezita esteve à frente de microfones da Record, USP e Rádio Cultura AM, onde apresentou, por 10 anos, o programa diário Estrela da Manhã.
O começo de tudo
O mais antigo programa de música da TV brasileira no ar, O Viola, Minha Violaestreou no dia 25 de maio de 1980, com apresentação de Moraes Sarmento (1922-1998) e Nonô Basílio (1922-1997), nos estúdios da TV Cultura, na Barra Funda. A partir da terceira edição, em junho, Inezita Barroso passou a participar da atração como convidada fixa e logo já conquistou a simpatia do público. Meses depois, em agosto, Nonô deixou o programa e Moraes ganhou como parceira a mulher que, anos mais tarde, tornar-se-ia a dama da música caipira no País.
Nessa época, a atração também ganhou espaço exclusivo: mudou-se para o Auditório Franco Zampari, na região da Luz, em São Paulo. Durante algum tempo, o Viola foi itinerante e viajou por diversas cidades do interior paulista, voltando, mais tarde, a fixar-se no Zampari.
Inezita Barroso gravou mais de 1500 edições do Viola, Minha Viola, voltado a modas de viola, música de raiz, lendas e danças folclóricas.
Tendo se tornado um verdadeiro centro da tradicional música de raiz, ao longo dos anos, o palco do Viola recebeu os maiores astros do gênero, como Tonico e Tinoco; João Pacífico; As Galvão; Pedro Bento e Zé da Estrada; Cascatinha e Inhana; Milionário e José Rico; Tião Carreiro e Pardinho; Almir Sater; Daniel; Chitãozinho & Xororó; Renato Teixeira: Sergio Reis; entre muitos outros célebres do cenário musical caipira.