Nascido em Curitiba , e logo cedo é enviado à Alemanha, porque seu pai desejava que ele seguisse sua profissão, de relojoeiro. Ao voltar, se matricula contra a vontade dos pais na Escola de Alfredo Andersen, e se revela um artista talentoso. Considerado um boêmio pela família, Gustavo rompe com eles e passa a se relacionar somente com sua irmã, Margarida. Torna-se um grande aquarelista, sendo bem recebido pela crítica nas exposições que realizou. Faleceu em Curitiba.
Haruo Ohara veio para o Brasil na imigração japonesa junto com seus pais e irmãos ao 17 anos, onde viveu no interior do Paraná.
Amador e autodidata, a fotografia revelou as imagens do cotidiano do campo e dos descendentes dos imigrantes.
Seu trabalho foi conhecido por Tizuka Yamazaki na produção do filme de Gaijin - Ama-me como sou (2005), continuação de Gaijin - Os caminhos da liberdade (1980).
No texto de apresentação da Exposição realizada no Museu Oscar Niemeyer (2010), descreve-se:
Como homem da terra, Haruo Ohara (1909-1999) cultivou o campo e com sensibilidade utilizou a fotografia para registrar a luz para construir formas abstratas a partir de volumes e texturas de objetos e da natureza presentes em seu dia-a-dia. Produziu também marcantes imagens documentais e humanistas da família, da região e de seu trabalho associado à abertura da nova fronteira agrícola no Norte do Paraná.
Com o apoio do Governo do Paraná e da CAIXA a mostra reúne 150 fotografias em preto e branco produzidas por Haruo Ohara entre os anos de 1940 e 1970. Apontado entre um dos mais importantes nomes da fotografia brasileira, da segunda metade do século 20, esta seleção integra o acervo com mais de 18 mil negativos do Instituto Moreira Salles.
Da mesma maneira que os frutos da terra, as fotografias produzidas por Haruo e reunidas nesta exposição também exigiram seu próprio tempo de processamento e maturação. A emoção do fotógrafo em ver sua intuição de uma determinada cena lentamente materializando-se no papel fotográfico, processado na penumbra do laboratório, certamente foi semelhante à emoção do lavrador Haruo, que, na luz atenuada do amanhecer ou do entardecer, contemplava o esforço de seu trabalho desabrochando em flor e fruto em seus campos cultivados.
O trabalho de Haruo aponta para o fato de que, mesmo em um momento de forte transformação e aceleração tecnológica – a urbanização crescente do Brasil na época –, talvez apenas o tempo real de maturação das flores, frutos e filhos, fortemente representados em sua obra fotográfica, seja também o tempo real e necessário para a criação artística. Essa insistente sinalização para o verdadeiro ciclo da vida e da terra, com seus ritmos ancestrais, é o seu principal legado.
Haruo Ohara
Imigrante, lavrador e fotógrafo, Haruo Ohara nasceu no Japão e emigrou aos 17 anos para o Brasil com os pais e irmãos. Cultivou a terra ao longo de boa parte de sua vida adulta com dedicação e arte, simultaneamente, fotografou sua vida e a de seus familiares. A obra de Ohara, alinhada com a fotografia moderna e humanista de meados do século 20, contribui para mostrar que alguns dos antagonismos da cultura brasileira não resistem ao surgimento de um novo personagem histórico na passagem do século 19 para o 20: o imigrante europeu ou asiático, que renova cultural e economicamente o país a partir do campo e que, no caso específico de Ohara, encarna tanto o homem da terra como o homem da cultura.
Por decisão da família do fotógrafo, seu acervo foi doado ao Instituto Moreira Salles (IMS) em janeiro de 2008 e passou a ser tratado e preservado pelo instituto, com sede no Rio de Janeiro, principal instalação dedicada à conservação e à preservação da memória fotográfica no Brasil. Este acervo, de um dos importantes nomes da fotografia brasileira, é composto por cerca de oito mil negativos em preto e branco, dez mil negativos coloridos, dezenas de álbuns e centenas de fotografias de época, além de equipamentos fotográficos, objetos, documentos pessoais, diários e livros. A guarda desse conjunto permite um estudo aprofundado da obra do fotógrafo e de sua trajetória como imigrante e pequeno agricultor de Londrina.
A obra fotográfica de Haruo Ohara, até o momento de sua doação ao IMS pela família do fotógrafo em janeiro de 2008, foi preservada pela própria família, sob os cuidados de seu neto, o também fotógrafo Saulo Ohara. Em 1998 seu trabalho foi homenageado pelo Festival Internacional de Londrina (Filo) com a exposição Olhares, de grande repercussão. No mesmo ano seu trabalho foi também exposto na Segunda Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba, com coordenação e curadoria de Orlando Azevedo, que também publicou em 2009 o livro Haruo Ohara.
Considerado o pai da pintura paranaense, o norueguês Alfredo Andersen radicou-se no Brasil, aportando em primeiro lugar no estado da Paraíba e, mais tarde, no porto de Paranaguá.
Casou-se com Anna de Oliveira, brasileira descendente dos índios carijós.
Andersen foi professor de artes plásticas, pintor, decorador, desenhista, cenógrafo e escultor. Representou retratos, paisagens e pinturas de gênero. Sua técnica tende ao Impressionismo.
É responsável pela geração de pintores como Lange de Morretes (1892-1954), Gustavo Kopp (1891-1933) e Theodoro de Bona (1904-1990).
O catarinense Guilherme Glück (1892-1983) migrou ainda jovem com sua família para a cidade da Lapa.
Entre os anos de 1920 e 1953 foi fotógrafo "oficial" da cidade. Retratou casamentos, fotos de estúdio e família que seriam entendidos mais tarde como um legado para a fotografia paranaense. Mas este não foi o registro exclusivo de sua lente, descobriu-se após seu falecimento o acervo de cerca de 31 mil negativos em chapas de vidro, que revelavam seu lado político, cultural e social.
Registrou em suma, o trabalho, a educação, o período Varguista, a cultura e a Lapa urbana.
De modo breve, aprecia-se o trabalho de Glück no vídeo:
Para pesquisas mais extensas, sugere-se, abaixo:
Leia mais sobre Gulherme Glück em (Fontes e Ligações externas):
Apesar de não ter nascido paranaense, Bruno Lechowski (Polônia, 1887-1941), influenciou nossa arte.
Em 1925, sua vinda para o Brasil oportunizou a produção nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Lechowski deixou acervo composto de aquarelas, temperas e óleos que retratam a paisagem brasileira, retratos e quadros alegóricos. Costumava não dar nome às obras para não influenciar a interpretação do espectador.
Como professor levava seus alunos para aulas práticas de paisagem, retratando praias, morros, e edifícios modernos da cidade. Influenciou Pancetti, Takaoka e Tamaki.
Foi pintor, compositor, professor de artes plásticas, violinista, arquiteto, ilustrador de livros infantis, projetista e desenhista. Veja o folder da exposição do Museu Oscar Niemeyer, Curitiba.