Alguns artistas contribuíram para a representação do Carnaval nas artes, tais como Hélio Oiticica e Lasar Segall. (Leia artigo da Revista da Cultura, 2012, clicando aqui)
Suas obras são uma demonstração do universo que pode ser transformado pelas Artes!
O Brasil Carnavalesco
Ao longo da história, o Brasil esteve bem suprido de renomados artistas que animaram o Carnaval.
No Paraná, o carnaval é uma tradição secular nos Campos Gerais.
Desde o século XIX, o carnaval já tomava conta das ruas de Ponta Grossa. Historiadores contam que no século XX, o carnaval ponta-grossense alcançou seu apogeu, atraindo foliões de várias cidades. Leia mais neste artigo.
No Litoral Paranaense, o carnaval é animado por trios elétricos, bandas e carnaval infantil. Em 2016, o carnaval foi divulgado pelos meios de comunicação, considerando as questões de urbanidade (segurança, coleta de lixo e atendimento hospitalar) para dar suporte aos foliões.
Na capital, Curitiba, a tradição carnavalesca tem contato com a participação de trios elétricos, em especial Monobloco e Garibaldis e Sacis; a escolha do Cortejo Real, desfiles de escolas de samba, bailes populares. A novidade é a Zombie Walk Curitiba, que a partir de 2009 atrai no domingo da semana de carnaval o encontro de pessoas fantasiadas de mortos-vivos!
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Curitiba tem uma Liga das Escolas de Samba. Ela é composta da seguinte maneira: - Grupo A: Mocidade Azul, Acadêmicos da Realeza, Leões da Mocidade, Embaixadores da Alegria, Os Internautas - Grupo B: Imperatriz da Liberdade, unidos dos Pinhais - Outras: Boi de Pano, Falcões Independentes, Jesus Bom à Beça, Unidos do Bairro Alto - Blocos: Bloco Derrepent, Grupo Dignidade, Bloco Rancho das Flores
Personalidades importantes para a realização dos desfiles trabalham para os preparativos da festa, como o carnavalesco e estilista Ney Souza. Ele faz parte do história do carnaval paranaense e participa como destaque na Escola de Samba Mocidade Azul, de Curitiba.
Solidariedade
Sem em meio da folia, é preciso lembrar que nesta época de feriado prolongado infelizmente ocorrem muitos acidentes e a demanda nos hemocentros aumenta.
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Estilista, figurinista e carnavalesco, Ney Souza faz parte da história do carnaval paranaense. Criador de peças premiadas internacionalmente, confeccionou peças usadas pelas escolas de samba Imperatriz Leopoldinense e União da Ilha. Um dos maiores carnavalescos do Brasil, sonha criar o Museu da Moda e separa peças para o acervo. Ney é contemporâneo a Clóvis Bornay, Mauro Rosas e Evandro de Castro Lima, com os quais rivalizou suas produções por décadas nos salões do Hotel Glória e do Sírio Libanês.
Leia mais nas Referências e ligações externas, abaixo:
Foi uma das mais importantes musicistas brasileiras. Suas composições inovaram os modos musicais e retrataram o valor da mulher na sociedade, principalmente em sua época.
Uma das marchinhas carnavalescas mais conhecidas de Chiquinha Gonzaga é "Ó abre alas", de 1939. [Dobrado Carnavalesco, da peça de costumes carioca "Não Venhas!..."]
"A pioneira marchinha de carnaval não conheceu publicação, como tal, em vida da compositora. Criada durante ensaio do cordão Rosa de Ouro no Andaraí, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde residia a maestrina na ocasião, a despretensiosa marchinha foi inspirada no andamento do cordão, que sabemos utilizar a procissão religiosa como matriz. Nascia ali, em fevereiro de 1899, a marchinha, um gênero novo que ainda prestaria grandes serviços ao carnaval carioca. Até então, a festa que viria a representar a nacionalidade brasileira não tinha música própria. Nos bailes mascarados dos salões, a elite dançava ao som de polcas, habaneras, quadrilhas, valsas e mazurcas, enfim, dos gêneros de dança de salão da época. Nas ruas, o povo se divertia com a percussão do zé-pereira, o som de baterias cadenciadas e canções reaproveitadas: cantigas de roda, hinos patrióticos, chulas, trechos de óperas, árias de operetas, fados lirós, quadrinhas musicadas na hora e até marcha fúnebre. É certo que ranchos e cordões, na virada do século XIX para o XX, já se utilizavam de certas canções, inclusive um tipo de marcha apropriada no andamento, e bradavam também a palavra de ordem para abrir passagem na multidão. Mas uma música especialmente concebida para a festa não ocorrera a nenhum compositor. Chiquinha Gonzaga fixou definitivamente o gênero ao criar a canção carnavalesca. Com isso ela se antecipou em 18 anos, pois só a partir de 1917 o carnaval passaria a ter música regularmente. Incapaz de prever o que a posteridade reservava à sua singela marchinha, Chiquinha a incluiu na peça de costumes cariocasNão venhas!…, representada no Teatro Apolo em janeiro de 1904. Logo publicada por seu editor como ‘dobrado carnavalesco’, servia ao enredo da peça como o maxixe do cordão Terror dos inocentes. Só em 1939, quando a jornalista Mariza Lira preparava a primeira biografia da compositora, Ó abre alas foi publicada na sua integralidade, já reconhecida como pioneira. Por décadas, a marchinha foi gravada, ora arranjada ora enxertada. Dos registros fonográficos mais curiosos estão a de Mário Pinheiro, Cordão carnavalesco (Flor do Enxofre Vermelho), para a Odeon Record, em 1905, e a da Banda da Casa Edison, arranjada pelo maestro regente Santos Bocot, em disco Odeon de 1911. A primeira gravação da canção na íntegra foi feita pelas cantoras Linda e Dircinha Batista, em 1971, quando a memória coletiva já a consagrara como um clássico do cancioneiro brasileiro, como um pedido de passagem do “povo da lira” para a vitória – no carnaval e na vida. A maestrina escreveu a marchinha também para pequena orquestra: piano e canto, 1º violino, 2º violino, contrabaixo, violoncelo, trombone, 1º e 2º trompetes, clarineta (si b). Ó abre alasrecebeu gravação de Antonio Adolfo (teclados), com Nilson Chavez (voz) e Vital Lima (voz), em 1985; novamente Antonio Adolfo (piano), com Cláudio Spiewak (violão), Gabriel Vivas (contrabaixo) e Ivan Conti (bateria), em 1997, e, no seu centenário, em 1999, foi gravada por Maria Teresa Madeira (piano); Clara Sverner (piano) com Paulo Moura (sax alto); Marlene, Emilinha e Ângela Maria (voz) com Leandro Braga (piano); Turíbio Santos (violão); Leandro Braga (piano) com Zero (percussão) e Adriano Giffoni (baixo); e Rosamaria Murtinho, elenco e músicos da montagem da peça Ó abre alas, de Maria Adelaide Amaral, com arranjo vocal de Cláudio Botelho. Em 2000, teve gravação por Anna Maria Kieffer (voz) e Achile Picchi (piano)." (Edinha Diniz, 2011, Site Oficial ChiquinhaGonzaga.Com)
Os artistas Hélio Oiticica e Lasar Segall representaram o Carnaval a partir da identidade brasileira.
Leia o artigo na íntegra, a partir da publicação da Revista da Cultura.
Fonte:
ÁVILA, Roberta. Intercâmbio carnavalesco: a obra dos artistas plásticos como Hélio Oiticica e Lasar Segall mantém uma relação intensa com uma das manifestações mais importantes da cultura brasileira.In.: Revista da Cultura. Edição 55. Fevereiro de 2012. P.13. [Seção: Arte. Uma publicação da Revista Cultura]